terça-feira, 29 de agosto de 2017

Annabelle 2: Criação do Mal - Crítica


Annabelle 2: A Criação do Mal chegou ao Brasil em 17 de agosto, com um nome ruim. No original, Annabelle: Creation, a ideia é de origem, mas aqui o título traz um “2”, que dá mais a impressão de continuação do que de início. E esse “do Mal” é só para conectar a “Invocação do Mal”, talvez. De qualquer forma, o filme é o quarto da franquia cinematográfica de Terror mais bem sucedida da década.

E como toda série de sucesso financeiro de Hollywood, abandona-se a originalidade e aparece a famosa “fórmula pronta”. Quem já assistiu aos outros filmes da franquia com certeza experimentará a sensação de “já vi isso antes” algumas vezes. O filme não é pretensioso, não traz novidades e não muda o patamar da série. Por um lado, isso é péssimo, pois começa a dar um ar de mesmice. Por outro, é bom, já que os fãs assistem exatamente ao que esperavam, que é um filme no modelo “Invocação do Mal”.

Samuel e Esther

O filme começa em 1943, com a apresentação da garota Annabelle, Samuel (o pai), um artesão criador de bonecas, e Esther (a mãe), aparentemente uma dona de casa. Em um acidente, a menina morre. Doze anos depois, os pais oferecem a casa a um orfanato, para que compartilhem com eles o lar. Seis garotas e uma freira passam a morar com os donos do local. Samuel passa a ser uma pessoa rabugenta, por conta da morte da filha e pelo fato de que a esposa adoeceu e vive na cama, longe das vistas de qualquer pessoa que não seja o marido.

Janice (à esquerda) e Linda (na sequência) com as amigas do orfanato

Entre as órfãs, as principais do filme são Janice, uma garota com dificuldade de locomoção devido à paralisia infantil, e Linda, a melhor amiga. Ambas têm uma conexão especial e é fácil de se apegar a elas muito rapidamente, pois são bastante carismáticas e as atrizes mirins fazem um bom trabalho. Conhecendo a casa, Janice descobre um quarto proibido que tem escondida no canto a boneca Annabelle. E é aí que o filme chega ao ponto que os fãs esperavam.

Lembram da “fórmula pronta”? Então, casa afastada, habitada por várias garotas, mulheres e apenas um homem, um objeto que carrega um demônio, sustos causados pela criatura literalmente voando na direção de algum personagem vulnerável, a reviravolta de enredo que inicia o ato final e a solução católica do problema. São todos os elemento já vistos nos anteriores.

 Annabelle 2

Invocação do Mal 2 traz cruzes e muitas referências católicas

A origem da boneca é altamente previsível e não há nada que os fãs da série já não soubessem. Bem, ela é uma boneca construída por um artesão e um espírito do mal está dentro dela. E é isso que o filme conta. Não há uma surpresa significativa. Mesmo assim, o entretenimento está aí.

Mesmo sem novidades, Annabelle 2 é muito melhor que o antecessor. A começar pelas atuações. O elenco de garotas é infinitamente melhor que a fraca Annabelle Wallace (Mia). Há química entre as garotas, com a relação de amizade entre as duas protagonistas e também a exclusão de Janice pelas outras garotas por ter dificuldades de andar. A relação com a freira Charlotte também é bem trabalhada, considerando o que se espera do filme.

Annabelle e... Annabelle

E é isso, o longa traz o que se espera dele. São sustos, olhares psicóticos da boneca e a luta de pessoas comuns contra um demônio. Mesmo assim, o filme tem uma novidade. É o mais sangrento da franquia. Há cenas viscerais, ao contrário do que é costume na série. Mas o principal realmente são as situações de espanto. Se você gosta da franquia pelos sustos, Annabelle 2 vai te agradar.

Linda tenta se livrar da boneca

Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation) deve ser visto pelos produtores com ar de preocupação, apesar de não ser ruim. Quem espera novidades vai se decepcionar, não há nada de novo, a não ser alguns detalhes da trama. Está na hora de um respiro na franquia. Alguma novidade, mudança de enredo ou da fórmula. Talvez “A Freira” traga isso. Vamos torcer.

Franquia de Peso

Invocação do Mal é sem dúvida alguma uma das mais bem sucedidas franquias cinematográficas de terror do século XXI. Até a estreia de Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation), a série da New Line/Warner Bros. já havia arrecadado cerca de US$ 885 milhões, com apenas três lançamentos (Invocação do Mal, Invocação do Mal 2 e Annabelle). Um verdadeiro estrondo.

Os filmes são baseados na vida de Lorraine e Ed Warren, investigadores paranormais conhecidos como “demonologistas”. Eles guardam objetos que possuíam alguma ligação com espíritos e um desses objetos era uma boneca clássica Raggedy Ann. A peça ficava guardada em uma sala especial do casal e serviu de inspiração para a maligna Annabelle.


Raggedy Ann que inspirou a personagem demoníaca, na casa dos Demonologistas

Não é exagero dizer que Annabelle é o Chucky de uma nova geração. A fórmula é diferente, a proposta é outra, ela não é um boneco sanguinário, mas ela representa o Terror da década 2010 com muita propriedade. Ela traz os elementos de sobrenatural, tem o rosto de psicopata e causa medo em muitos espectadores. Está longe de ser um verdadeiro clássico, mas se tornou icônica.

Um comentário:

  1. A saga é muito boa tem boa história. Sempre tem bons atores nos filmes de terror e eu amei especialmente a Bill Skarsgard, é uma das azoes pelas quais o filme teve resumos positivos e tambem por tudo o elenco. Vale a pena assistir e fiquei emocionada com It a Coisa a historia do palhaço foi um excelente trabalho de produção da maquiagem, guarda-roupa e design de Pennywise, vale muito à pena, é um dos melhores do seu gênero. Espero que a segunda parte tenha a mesma qualidade de atuação e como eles desenvolvem a história.

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