As filmagens começam em maio, na Romênia. O filme foi escrito por Gary Dauberman e James Wan,
produzido por Wan e Peter Safran. Dauberman e Todd Williams são produtores
executivos. A Freira tem data de estreia prevista no Brasil para o dia 12 de
julho de 2018 e será o quinto filme da franquia a ser lançado. Em 2017, ainda
está previsto o lançamento de Annabelle 2 – A Criação do Mal para o dia 17 de
agosto.
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Atriz de Invocação do Mal 2 retorna em A Freira
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Imagens do remake de Predador entregam morte de personagem
O remake do filme Predador, de 1987, adiou a data de estreia nos cinemas
americanos de fevereiro para agosto de 2018. E um dia depois do anúncio, o site
DigitalSpy conseguiu novas fotos do set de filmagens que já entregam a morte de
um dos personagens. Nas imagens, o ator de Logan e Narcos Boyd Holbrook e Trevante
Rhodes, de Moonlight, têm papel de destaque. Também integram o elenco Alfie
Allen e Keegan-Michael Key, ambos da série Guerra dos Tronos e o menos
conhecido, Augusto Aguilera.
Cuidado. As imagens a seguir contém spoilers.
Boyd Holbrook
Trevante Rhodes e Boyd Holbrook
Trevante Rhodes, Boyd Holbrook e Augusto Aguilera
Trevante Rhodes
O personagem de Augusto Aguilera já aparece morto no set de filmagens
Shane Black é o diretor do remake de Predador. Apesar de ter dirigidos filmes de grande orçamento, como Homem de Ferro 3, ele é mais conhecido como roteirista, pois escreveu Máquina Mortífera, a continuação e
Homem de Ferro 3. Black participou do Predador original, de 1987, atuando como
o soldado Hawkins.
O remake, que estreia em agosto de 2018 se passa nos dias atuais e não
contará com a participação do protagonista original Arnold Schwarzenegger. O
ator disse que a produção o procurou para que ele participasse do filme, mas
ele recusou. Segundo ele, o que lhe mostraram não foi bom. "Eles me
perguntaram, e eu li, e eu não gostei do que eles ofereceram", explicou.
"Exceto se houvesse uma chance de que eles reescrevam, ou tornar o papel
mais significativo. Mas da forma que está, não, eu não vou fazer isso",
concluiu.
terça-feira, 25 de abril de 2017
It Comes at Night tem novas imagens e sinopse divulgada
O filme It Comes at Night é uma das grandes expectativas
para o Terror em 2017. Com trailer divulgado em fevereiro, a trama ainda não
foi detalhada. Porém, a EW teve acesso a novas imagens e mais detalhes da trama
do filme dirigido por Trey Edward Shults. O site informou que o filme conta a
história de "uma pandemia de destruição da civilização".
Os personagens principais (pai, mãe e filho adolescente)
estão escondidos em uma casa remota no bosque, quando um intruso chega, pedindo
ajuda, eles são forçados a escolher entre bondade e potencial infecção. A
artista de maquiagem Jessie Eden disse que doenças reais como a peste bubônica
e o vírus Ebola foram usadas como referência para o contágio fictício.
O ator principal Joel Edgerton disse, no entanto, que o filme
não terá foco apenas nos visuais. Ele disse que It Comes at Night será um filme
de terror inteligente, ao invés do que ele chamou de "pornografia
sanguínea".
Confira as novas imagens abaixo.
Sinopse: Um homem (Edgerton) descobre que o mal perseguindo
a casa de sua família pode ser apenas um prelúdio de outros horrores.
Seguro em um lar desolado enquanto uma ameaça não natural
aterroriza o mundo, a ordem doméstica que ele estabeleceu com sua esposa e
filho é colocada em teste com a chegada de uma família desesperada procurando
refúgio.
Apesar das melhores intenções de ambas as famílias, a
paranoia e a desconfiança se acumulam. À medida que os horrores do lado de fora
se aproximam cada vez mais, ele aprende que a proteção de sua família vem às
custas de sua alma. Enquanto isso, algo sombrio e monstruoso desperta dentro da
casa. O filme estreia nos EUA no dia 25 de agosto de 2017, ainda sem data prevista no Brasil.
Confira o trailer do filme. Para ativar as legendas em português, clique em "Configurações>Legendas" e selecione o idioma.
segunda-feira, 24 de abril de 2017
A Freira, spin-off de Invocação do Mal, tem protagonista anunciada
Vera Farmiga e a Freira em Invocação do Mal 2
A franquia “Invocação do Mal” terá mais uma Farmiga como
protagonista. O spin-off A Freira terá como atriz principal Taissa Farmiga
(American Horror Story), irmã de Vera Farmiga. Taissa interpretará a freira jovem,
antes dos acontecimentos de Invocação do Mal 2. Sua irmã mais velha Vera é
conhecida pelos fãs da franquia. Ela deu vida à demonóloga Lorraine Warren,
personagem principal da série Invocação do Mal.
Taissa Farmiga em American Horror Story
As filmagens começam em breve e ficam a cargo do diretor
Corin Hardy. A Freira conta a história da personagem assustadora que vimos em
Invocação do Mal 2. Taissa se junta a Demián Bichir (Alien: Covenant), que foi
o primeiro a ser anunciado no elenco. Ele interpretará um padre chamado Burke, que
sai de Roma para investigar a misteriosa morte de uma freira.
O filme foi escrito por Gary Dauberman e James Wan, produzido
por Wan e Peter Safran. Dauberman e Todd Williams são produtores executivos. A
Freira tem data de estreia prevista no Brasil para o dia 12 de julho de 2018 e
será o quinto filme da franquia a ser lançado. Em 2017, ainda está previsto o
lançamento de Annabelle 2 – A Criação do Mal para o dia 17 de agosto.
quinta-feira, 20 de abril de 2017
Shape of Water, filme de Guilhermo Del Toro, tem data de estreia divulgada
The Shape of Water, filme dirigido por Guilhermo Del Toro e
da produtora Fox
Searchlight, tem previsão de estreia para os EUA no dia 8 de
dezembro de 2017. Infelizmente, ainda não há data para o Brasil.
Ainda sem muitos detalhes sobre a trama, é possível que o
filme siga a linha do excelente O Labirinto do Fauno, já que será uma espécie
de conto de fadas. O longa conta a história da solitária Elisa (Sally Hawkins),
que trabalha em um laboratório de alta segurança oculto do governo. Ela está
presa em uma vida de isolamento. Tudo muda quando ela e a colega de trabalho
Zelda (Octavia Spencer) descobrem um experimento secreto. Um homem meio anfíbio
é mantido em cativeiro e acaba atraindo a moça, que tenta ajuda-lo a fugir.
Flesh of the Void tem trailer perturbador divulgado
O filme Flesh of the Void (ainda sem nome em português), teve um trailer divulgado pela Sodom & Chimera Productions. No estilo "O Chamado", o vídeo é feito imagens que beiram a aleatoriedade, de crucifixos de cabeça para baixo a chaminés de fábricas do início da Revolução Industrial. O foco em telas quase estáticas, mas mostrada em cortes rápidos, quase faz pensar que o telefone vai tocar e que surgirá a voz dizendo "sete dias". O trailer é violento e perturbador.
Trailer oficial de Flesh of the Void
quarta-feira, 19 de abril de 2017
Alien: Covenant tem seis novos vídeos divulgados
Os vídeos ainda seguem sem as legendas. Assim que forem surgindo os vídeos legendados, vamos substituir os originais, que seguem abaixo.
Run
Hide
Pray
Tennessee
Blessed
Proud
O filme tem estreia prevista no Brasil para o dia 11 de maio. A história de Alien: Covenant se passa em um planeta remoto. Membros da nave Covenant descobrem o que eles pensam ser um paraíso desconhecido. Ao chegar lá, eles encontram David, o sobrevivente sintético da expedição condenada Prometeu. O mundo misterioso logo se torna escuro e perigoso quando uma forma de vida alienígena hostil força a tripulação a uma luta mortal pela sobrevivência.
terça-feira, 18 de abril de 2017
Mestre italiano de Terror voltará aos cinemas
Dario Argento, o mestre italiano do Terror, falou ao site
Dark Universe que ele está trabalhando em um novo filme. Apesar de aparentar
ainda estar em fase inicial, já anunciou tem planos local de filmagem. “Estou
escrevendo um filme novo junto com um escritor americano. Provavelmente será
filmado no Canadá, mas ainda não está definido”, disse.
Ele informou também que enquanto escreve a nova película,
também trabalha em um livro de contos de fadas sombrios para adultos. Ainda sem
dar detalhes sobre nenhum dos projetos, é muito bom saber que Argento não
desistiu do Terror após seu último filme: o fiasco chamado Dracula 3D.
segunda-feira, 17 de abril de 2017
Remake de A Noiva de Frankenstein terá trama feminista
Elsa Lanchester e Boris Karloff
Segundo o site deadline, Bill Condon, diretor do filme A
Bela e a Fera, iniciou conversas com a Universal Pictures para ser o diretor do
remake de A Noiva de Frankenstein. O filme original, de 1935, dirigido por
James Whale, será refilmado como parte do novo Universo de monstros do estúdio.
Segundo o cineasta, a versão original é um de seus filmes de terror favorito de
todos os tempos e está muito animado com a possibilidade de assumir o projeto.
Condon informou que caso seja de fato o responsável, o filme terá uma trama feminista.
Entretanto, ainda não deu detalhes de suas ideias, por ainda
estar em fase de negociação. Mesmo assim, é possível que realmente haja
interesse por parte dele de dar nova leitura ao clássico filme da Universal.
Afinal, o diretor já usou referências de a Noiva de Frankenstein em Crepúsculo:
Amanhecer Parte 1 e ganhou Oscar pelo filme Deuses e Monstros, de 1999, quando
contou a história do diretor James Whale.
O diretor Bill Condon
Por parte da Universal Pictures, também é interessante ter
Condon no projeto, pois já provou que é um diretor de talento e que sabe
trabalhar para ter grandes bilheterias. Ao dirigir Crepúsculo: Amanhecer,
partes 1 e 2, faturou, no total, mais de US$ 1,5 bilhão e também teve mais de US$
1 bilhão com a nova versão live-action de A Bela e a Fera. E não podemos
esquecer que além de ter sido premiado com um Oscar, concorreu a outro pelo
filme Chicago.
A Noiva de Frankenstein original foi dirigido por James
Whale e teve Boris Karloff e Elsa Lanchester no elenco e é um dos maiores
clássicos de terror da história do cinema. Com os direitos de vários filmes do
gênero, a Universal quer reviver os monstros nas telonas em um grande e ambicioso
projeto, que estreia no Brasil no dia 8 de junho de 2017, com o remake de A
Múmia.
PS: Existem rumores de que Angelina Jolie possa interpretar a Noiva de Frankenstein.
quinta-feira, 13 de abril de 2017
Paramount confirma que não planeja novo Sexta-feira 13
Em tradução livre: Estamos felizes em ver otimismo para que um novo filme ainda aconteça, mas estamos muito longe de qualquer coisa nova sendo criada. 2019 é o mais cedo possível.
O banho de água fria nos fãs veio para deixar claro que o estúdio definitivamente abandonou o projeto. A decisão foi tomada no dia 6 de fevereiro, seis semanas antes do início das filmagens do que seria o mais novo filme da franquia. A Paramount cancelou a produção, segundo envolvidos, por causa da péssima bilheteria do filme Chamados, do mesmo estúdio, que não admitiria mais um fracasso no ano.
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Clive Barker recria visual do Pinhead ao vivo
O criador do Hellraiser Clive Barker recriou, ao vivo, um novo visual para o personagem Pinhead, durante a Monsterpalooza, que aconteceu na cidade de Pasadena, nos EUA, entre os dias 7 e 9 deste mês. Um dos grandes mestres de terror ainda vivos, Barker subiu ao palco no domingo (9) e maquiou um modelo para que ele se transformasse no icônico Pinhead, celebrando os 30 anos de criação do personagem.
terça-feira, 11 de abril de 2017
A Assombração da Casa da Colina ganhará série no Netflix
O site Variety confirmou, ontem (10), que a Netflix está em
projeto de desenvolvimento para a criação de uma série baseada no livro A
Assombração da Casa da Colina, de Shirley Jackson. Lançada em 1959, a obra foi
adaptada para o cinema duas vezes, em 1963 e 1999. Desta vez, a aposta é fazer
uma série de dez episódios.
Adaptação Desafio do Além, de 1963
Na história,
um grupo de quatro pessoas que já tiveram experiências consideradas paranormais
são convidadas a passar as férias em uma mansão considerada mal assombrada. É
claro que os fenômenos extraordinários acontecem e assustam os hóspedes.
Na versão de 1999 (A Casa da Colina), mesmo com elenco encorpado, o filme é fraco
Quem está por
trás do projeto é o diretor Mike Flanagan, já habituado ao gênero com os
filmes O Espelho, Hush: A Morte Ouve e Ouija: A Origem do Mal. Todos medianos ou fracos, é verdade. O Blog do Maldito
não espera grandes coisas. Afinal, os trabalhos do diretor são bastante
esquecíveis e as duas adaptações para as telonas são péssimas. Mesmo assim,
mostra que o Terror é de interesse da Netflix, o que pode ser bom sinal para
que mais e mais projetos do gênero sejam produzidos daqui para frente.
segunda-feira, 10 de abril de 2017
Crítica - Mortos que Matam
Mortos que matam (Last man on Earth) é um filme de produção
ítalo-americana, de 1964, dirigido pela dupla Ubaldo Ragona e Sidney Salkow, com
Vincent Price no papel principal. A história, baseada no livro Eu sou a Lenda,
se passa em um futuro pós-apocalíptico em que uma doença de transmissão aérea extingue
toda a humanidade, com exceção de Morgan, interpretado por Price.
Não bastasse o fato de a doença matar todo o mundo,
descobre-se também que as pessoas mortas em decorrência dela começam a se
levantar e a perambular pelas cidades. São chamadas de vampiros, pois só ficam
acordadas durante a noite, morrem apenas com estacadas de madeira no peito e
têm medo de espelho e alho, mas agem mais como zumbis falantes, sem muita
inteligência. As criaturas que moram perto do protagonista passam as noites
dizendo para ele sair de sua casa para que eles possam mata-lo. Eles fazem
bastante barulho quando procuram por Morgan, que ao escurecer se tranca em sua
fortaleza pessoal e fica calmamente ouvindo jazz em sua casa. Isso acontece
todos os dias. Ao amanhecer, aproveita sempre a luz do sol para realizar suas
táticas de sobrevivência, indo a mercados pegar estoque de suprimentos, por
exemplo.
Morgan sobrevivendo a um ataque ocasionado pela distração
O filme é dividido em três atos. O primeiro introduz o
cenário, o personagem e suas ações, com foco na solidão do último homem vivo no
mundo. O segundo mostra o passado de Morgan, durante a época do incidente que
varreu a humanidade do mapa. É bastante interessante ver a diferença da
personalidade do protagonista, quando ainda era uma pessoa feliz. O terceiro,
de encerramento, é quando sua rotina muda ao encontrar outro ser humano vivo e a
história é concluída.
Clímax com a batalha derradeira pela vida
Apesar de muito importante para o gênero, este filme tem um
ritmo bastante lento, justamente por focar em apenas um personagem, que não
contracena com nenhum outro por boa parte da história. O melhor do filme é realmente
o fato de ter sido o primeiro do “subgênero” sobrevivência na história do
cinema, sendo lançado antes de “A noite dos mortos vivos” de George A. Romero.
Coincidentemente, Mortos que matam se passa em 1968, mesmo ano do lançamento do
filme de Romero.
Não é uma obra-prima, mas tem pontos positivos. A atmosfera
é boa e faz com que o espectador sinta a solidão e o tédio do personagem
principal. Acompanhar Morgan pelos seus passeios diários, caçadas aos vampiros
e ao mesmo tempo ter conseguir relaxar faz com que o espectador tenha empatia pelo
personagem, que é muito bem construído. Indo ao passado, vemos como ele era
antes dos vampiros e nos faz pensar nos motivos da personalidade dele ter
mudado tanto após a tragédia, que o fez perder as pessoas que mais amava.
Atmosfera de solidão é muito bem criada
Um filme de reflexão, com ritmo lento, mas no geral, é bastante
interessante, e indicamos qualquer um que goste de Terror mais como curiosidade
histórica. Por ser bastante vagaroso, já que na maior parte do tempo temos
apenas um personagem interagindo com o cenário, é um pouco cansativo de
assistir. Mas o fato desse ator ser justamente o mestre Vincent Price muda
tudo. Poderia ser um filme bastante ruim se a escolha fosse outra para interpretar
Morgan. Ele carrega o filme sozinho e traz um brilho que apenas ele era capaz
de conseguir.
quarta-feira, 5 de abril de 2017
Crítica - Kong: A Ilha da Caveira
Os filmes de monstros geralmente se baseiam em uma fórmula desgastada.
Faz-se um suspense, um rastro de caos e destruição é mostrado, pessoas com medo
fazem questão de dizer que algo apavorante está à solta etc. Apenas depois de a
história toda estar construída é que o monstro é revelado ao espectador. Essa
linha foi usada em Godzilla, O Mundo em Perigo, O Monstro do Mar e até no King
Kong original. É possível entender que anos atrás esse formato fosse bom, pela
falta de informações e métodos de divulgação menos massivos. Hoje em dia, com
trailers e imagens promocionais sendo arremessadas na cara dos espectadores,
será que funciona?
Para responder, basta assistir à última versão americana de
Godzilla, quando o monstro demora uma hora para aparecer e fica em tela por 11
minutos e 16 segundos em um filme que dura mais de duas horas. É desanimador.
Ao contrário do longa do Rei dos Monstros, Kong: A Ilha da
Caveira faz uma escolha ótima e dá o tom para todo o restante da história. O macaco
gigante que todos adoramos aparece no início do filme, que se passa na década de 1970. Logo que sua cara enorme
aparece, tudo ao redor se torna insignificante. É um monstro de CGI, mas foi
absolutamente bem feito. Em poucos minutos de tela, ainda há um ar de suspense
sobre ele, mesmo com a aparição, provando que privar o espectador de olhar a
criatura não é nem um pouco interessante, ainda mais se ele já apareceu nos
trailers.
Filme tem tomadas espetaculares com muito vermelho e laranja, sem ficar enjoativo
A cena inicial também é muito interessante por se afastar
quase completamente do filme original, de 1933. Já existem referências demais à
criatura, por isso, o diretor Jordan Vogt-Roberts preferiu fazer mais um filme
com tomadas bonitas e ação do que a já batida cena do macaco escalando um
prédio em Nova Iorque. E justamente ao entender que o filme não usará as mesmas
fórmulas que o filme original, o espectador sente-se confortável ao sentar na
poltrona do cinema e apenas assistir ao espetáculo visual que é A Ilha da
Caveira.
Com tomadas de encher os olhos, homenageando o antigo, mas de
estética moderna, Kong não se torna banal em um só segundo. A cena que aparece
no trailer em que ele enfrenta os helicópteros militares com por de sol ao
fundo é sensacional. A trilha que a precede, então, melhor ainda. Quando toca
Paranoid, de Black Sabbath, o som é desconstruído e reconstruído novamente nas
câmeras lentas e de destruição. Mostra, por imagens e sons, a grandeza dessa
nova versão do macaco.
Homenagem aos filmes anteriores, com o Kong se mostrando bonzinho
E como o filme se passa praticamente inteiro dentro da
perigosa Ilha da Caveira, o que temos são cenas de ação abarrotadas de criaturas
gigantes. Nenhuma delas é realmente criativa como os monstros japoneses, mas
são bastante bem feitas. O vilão do filme dessa vez é um monstro, não um humano
que quer aprisionar o Kong e levá-lo aos EUA. Apesar de alguns humanos quererem
matar o macaco, a ameaça real é um monstro gigante.
Por isso, o que temos são cenas que parecem ter sido tiradas
de jogos de videogames, com ação frenética, tiros em terceira pessoa, câmeras
lentas muito bem executadas e tudo o que um filme pop moderno precisa. O local é
perfeito para explosões colossais e metralhadoras cuspindo tiros a rodo, com
cenário paradisíaco, aranhas gigantes e tantas outras criaturas que fazem os
humanos do filme lutarem a todo custo para sobreviver.
O principal inimigo de Kong desta vez não é um tiranossauro
Os humanos, aliás, que não são muito complexos, afinal, o
foco não é neles. Servem para mostrar o quanto a ilha é fantástica e que cada
criatura dela é um enorme perigo. Os atores escolhidos executaram bem os
papéis, mesmo considerando que a contratação deles é quase como atirar em uma
formiga com uma bazuca. Afinal, com papéis tão simples, talvez não fosse
necessário um elenco de tanto peso. Samuel L. Jackson, por exemplo, no papel de
um militar clichê, fez seu melhor, mas o trabalho não exigiu tanto. Assim como
John Goodman, que tem mais talento do que o papel necessitava.
E eles nem são os protagonistas do filme. Quem conduz os
trabalhos são o ex-militar interpretado por Tom Hiddleston e a fotógrafa vivida
por Brie Larson. Todos cumprem bem as funções. Ainda bem.
Brie Larson e Tom Hiddlestone
As atuações são convincentes, mas só dá vontade de torcer
pela sobrevivência de apenas um personagem ao longo do filme, que é o paraquedista
americano que aparece logo no início. No
mais, os personagens são superficiais e descartáveis, já que o Kong é quem
rouba a cena. Mais pela ação do que pela emoção, aliás. Ao invés de tentar um
caso de amor com a loira do filme, como em 1933, 1976 e 2005, ele se mostra
menos um animal apaixonado e mais uma máquina de dar pancadas. Um dos motivos
do filme ser tão divertido.
No geral, o filme é ótimo. Talvez os fãs mais conservadores
do macaco não gostem por acharem que a criatura devesse ser mais emotiva, ou
que os personagens devessem ser mais interessantes. Mas quem busca um bom filme
de monstro, com ação, explosões e espetáculo visual, esse talvez seja um dos
melhores, ou o melhor, da década. Esse Kong não está para brincadeira e foi
imaginado justamente para um filme em que ele luta contra o Godzilla, em 2020.
Vamos aguardar.
terça-feira, 4 de abril de 2017
Sem muita criatividade, filmes de terror em 2017 prometem pouco
O ano de 2017 não promete filmes de terror muito criativos
para as telonas. O gênero parece estar mesmo preso a boas ideias já testadas. A
fórmula do susto fácil funciona, então Hollywood enche os olhos e ouvidos dos
espectadores mais com barulhos e aparições fantasmagóricas do que com o bom e
velho clima assustador. Mesmo assim, é um ano com algumas promessas.
Já passaram no cinema o Chamado 3, A Cura e o sensacional
Kong: A ilha da caveira (não é propriamente terror, mas é um monstro gigante,
então entra aqui, sim), portanto ficam fora da lista, mas não nos esquecemos
dele.
Abaixo, destacamos os filmes que chegam ainda este ano e que
prometem ao menos entreter. Nenhum chega com a expectativa de ser um novo
clássico, mas é o que temos para hoje.
Alien: Covenant
O eterno diretor Ridley Scott volta para assumir a franquia
após a bomba que ele mesmo fez chamada Prometheus. Ele jura de pés juntos que
vai mudar o rumo da série e voltar para o terror com ficção científica. O filme
traz de volta Michael Fassbender.
Estreia: 11 de maio de 2017
Get Out
Com uma das melhores premissas do ano, Get Out traz Chris
Washington (Daniel Kaluuya), um rapaz negro que será apresentado aos pais da
namorada caucasiana Rose Armitage (Allison Willians), em uma casa no interior.
Chegando lá, percebe que negros não são muito bem vindos ao local e coisas
sobrenaturais o ameaçam.
Estreia: 18 de maio de 2017
Annabelle 2
Spin-off do excelente Invocação do Mal, Annabelle ganha seu
segundo filme solo, que se passa antes do primeiro. O povo de Hollywood anda
para trás, eu acho. Anos após perder a filha, um artesão e a esposa decidem
acolher uma freira e algumas órfãs em casa. Porém, uma boneca que ele mesmo
criou vai assombrar o local.
Estreia: 11 de agosto de 2017
Jogos Mortais 8
Não sou exatamente um fã da franquia, mas Jogos Mortais deu
o que falar e tem a estreia sempre próxima do Halloween, o que dá um gostinho a
mais para quem curte o gênero. Ainda não foi divulgada muita coisa sobre o
filme, mas é certeza de muito sangue e violência.
Estreia: 27 de outubro de 2017 (não confirmada no Brasil)
A Coisa
Stephen King escreveu alguns clássicos de terror, como O
Iluminado, Carrie e Christine. Mas A Coisa é considerado o mais assustador de
seus livros. Pela segunda vez, a obra é adaptada ao cinema e traz um grupo de
garotos que sobrevive a um ataque de uma criatura assustadora em uma pequena
cidade americana. Após crescerem, voltam para enfrenta-la. Quem tem medo de
palhaço deve ficar longe desse aqui.
Estreia: 7 de setembro de 2017
Guerra Mundial Z 2
É... Deram bilheteria, aí essa bomba vai ter continuação, de
novo com o Brad Pitt. Ainda sem sinopse definida, o filme é baseado no livro homônimo,
de Max Brooks, ou em qualquer história de zumbis, já que não tem nada a ver com
o livro.
Estreia: 9 de junho de 2017
A Múmia
Assim como Kong, esse filme não será exatamente terror. Mas
é baseado em um dos grandes clássicos do gênero. Entra na lista por isso. Dessa
vez, ao invés de um homem do Egito Antigo voltar à Terra, uma antiga princesa
poderosa volta com tudo do mundo dos mortos para espalhar o mal.
Estreia: 7 de junho de 2017
Devo mencionar também que algumas coisas fogem do controle. Pior
do que termos um Jogos Mortais 8, que pelo menos trouxe um ar novo para o terror
mainstream.
Olhos Famintos 3
Nossa senhora, e nem tem o Justin Long. Tem cheiro de bomba.
Estreia: 16 de novembro de 2017
Escape from Cannibal Farm
Uma versão britânica e anêmica do Massacre da Serra-Elétrica.
Não tem a menor chance de ser bom.
Estreia: Sem previsão
Amityville: O Despertar
Não curti o primeiro. Mas vamos lá, qual é a dessa onda de “Início”,
“Despertar” e “Como tudo começou”???
Estreia: 29 de junho de 2017
Outros filmes que chegam às telas em 2017:
Sobrenatural: Capítulo 4 (estreia 20 de outubro de 2017)
A Torre Negra (estreia nos EUA: 4 de agosto de 2017)
Flatliners (estreia 28 de setembro de 2017)
Phoenix Forgotten (estreia 21 de abril de 2017)
It comes at night (estreia nos EUA: 25 de agosto de 2017)
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Nova versão de A Múmia ganha novo trailer legendado
O primeiro filme dos Novos Monstros da Universal Pictures, A Múmia, ganhou o segundo trailer neste domingo (02), já legendado em português. Confira abaixo:
Na nova versão do clássico de terror, o filme ganha foco na ação, quando uma rainha do Egito antigo é sepultada com segurança total por causa de seus poderes. Ao encontrar a tumba, o personagem principal, interpretado por Tom Cruise, liberta toda a maldade da múmia para os dias de hoje. O filme estreia dia 8 de junho de 2017.
Na nova versão do clássico de terror, o filme ganha foco na ação, quando uma rainha do Egito antigo é sepultada com segurança total por causa de seus poderes. Ao encontrar a tumba, o personagem principal, interpretado por Tom Cruise, liberta toda a maldade da múmia para os dias de hoje. O filme estreia dia 8 de junho de 2017.
sábado, 1 de abril de 2017
Peeping Tom - A Tortura do Medo
Na década de 1960, o horror ganhou novo fôlego no cinema,
com filmes como Psicose, Os Pássaros, O Bebê de Rosemary, Três Faces do Medo, O
Último Homem da Terra e tantos outros. Foi uma década agitada e com muitos
excelentes filmes do gênero. A inauguração de alguns subgêneros, por assim dizer,
também foi realizada neste período. O Último homem da Terra, com Vicent Price, por
exemplo, foi o primeiro filme de Terror de sobrevivência. Nele, o protagonista
sobrevive a uma endemia que transforma todos os habitantes do planeta em
zumbis/vampiros.
Essa diversidade de roteiros trouxe o início do gênero slasher,
que ficaria muito forte nas décadas seguintes, com O Massacre da Serra
Elétrica, Halloween, Sexta-feira 13, A Hora do Pesadelo e outros. E foi logo no
ano de 1960 que o diretor Michael Powell lançou Pepping Tom, traduzido no
Brasil como A Tortura do Medo, o precursor de todos esses filmes, meses antes
de Psicose.
O cineasta mostrou um novo estilo de filme, com muita
violência, tortura psicológica e com a atmosfera carregada de suspense. Obviamente,
a crítica foi implacável, chamando o filme de, entre outras coisas, pervertido.
É claro que a violência do longa é muito forte para a época, e a premissa
também era incomum para a sociedade. Eles simplesmente não estavam preparados
para esse tipo de filme.
Todo o incômodo aconteceu por conta de um roteiro
perturbador misturado à técnica de filmagem, que traz o espectador praticamente
para dentro do filme. A história gira em torno de Mark Lewis (Karlheinz Böhm),
um garoto que era cobaia do próprio pai, um neurologista. Ao crescer, ele vira
câmera de um estúdio cinematográfico e desenvolve um distúrbio psicótico. Passa
a matar mulheres enquanto as filma, para analisar as faces do medo do ser
humano.
Uma das grandes curiosidades é que os futuros filmes de
assassinos seriais, como Psicose, tentam ocultar o vilão, fazer dele uma figura
misteriosa, até mesmo com o uso de uma máscara, para não mostrar o verdadeiro
rosto. Neste filme, o assassino é revelado ao espectador logo no início. O mais
importante não é saber sua identidade, mas sua motivação e a trama da história.
O ritmo não é dinâmico, mas dá tempo para o espectador se acostumar com o
vilão, entender sua psique e ficar tenso a cada vez que Mark decide que está
novamente na hora de agir. Em uma das cenas mais perturbadoras do filme, ao
assistir a um dos vídeos de assassinato que fez, Mark se sente desapontado com
a mulher que acabara de matar e diz que as expressões não foram suficientemente
boas. Portanto, decide que precisa assassinar outra pessoa.
As mortes são todas filmadas do ponto de vista do assassino,
em primeira pessoa, aproximando a face da vítima da tela e do espectador. A
câmera não é um elemento importante apenas por registrar o ato doentio do
protagonista. Ela é também a arma de Mark. Um dos pés do tripé carrega uma
lança embutida. Desta forma, ele consegue filmar de perto enquanto mata sua
vítima.
Em inglês, a expressão “Peeping Tom” vem da lenda de Lady
Godiva, de quando ela cavalga nua pela cidade para obrigar seu marido a
diminuir os impostos dos cidadãos. Quando um homem, conhecido apenas como Tom,
espiou a mulher nua, ficou cego imediatamente. Em inglês, a expressão tem o
mesmo significado de voyeur. E é exatamente assim que o espectador se sente ao
assistir ao filme, observando os assassinatos, algo próximo de um pervertido. A
película coloca o espectador diretamente na narrativa, quase como um vizinho,
observador de toda a trama. Nesse aspecto, o filme parece ter se baseado em elementos
de A Janela Indiscreta.
Por tudo isso, o filme é bastante perturbador, com um final
pesado, e à frente do tempo em que foi feito. Isso, inclusive, foi a ruína do
diretor, um visionário que seria redescoberto somente anos depois, por Martin
Scorsese. Mesmo com filmes mais sangrentos lançados mais tarde, Peeping Tom – A
Tortura do Medo continua carregando uma atmosfera perfeita para um filme de
Terror. Esta obra-prima deve ser vista por qualquer um que se declara fã do
gênero.
Ficha Técnica
Pepping Tom - A Tortura do Medo
Diretor: Michael Powell
Roteiro: Leo Marks
Lançamento: 16 de maio de 1960
Duração: 101 minutos
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